terça-feira, 22 de março de 2011

Novos prédios do Rio terão medidores individuais de água

Prédios novos no Rio deverão ter medidores individuais de consumo de água

Fernanda Baldioti e Luiz Ernesto Magalhães

RIO - O prefeito Eduardo Paes sancionou, nesta segunda-feira, a Lei Complementar 112/201, que torna obrigatório o uso de medidores individuais de consumo de água em prédios residenciais, comerciais e mistos a serem construídos no Rio. A lei, que ainda tem 90 dias para ser regulamentada, vincula a concessão de habite-se à instalação desses equipamentos.

Os condomínios das edificações já existentes poderão requerer que a prefeitura dê licença para a execução de obra que adapte os imóveis às disposições da nova lei.

Segundo o vice-presidente de Assuntos Condominiais do Secovi Rio, Leonardo Schneider, a medida é uma demanda antiga do setor pois torna mais justa a cobrança da conta. De acordo com ele, a economia gerada pela implementação de hidrômetros individuais varia entre 30 e 50%:

- O número de prédios com medição individual no Rio é muito baixo, insignificante. Embora seja consenso das vantagens, algumas construtoras acabam não optando por fazer o empreendimento nesse modelo. Isso vai mudar, e a lei é o grande incentivo.

Schneider não acha viável, no entanto, que seja feita uma exigência do tipo para prédios antigos:

- Para você implantar em prédios já existentes, principalmente nos mais antigos, o custo é alto porque é necessário uma modificação estrutural do edifício. Isso também causa transtornos de obras para os proprietários e locatários. Mas, hoje, já existem soluções para isso.

Há mais de um ano, Moyses Alves implantou o sistema de cobrança individual de água no condomínio no qual é síndico, que fica em Piedade, na Zona Norte, e tem 128 apartamentos. O custo do hidrômetro ficou em R$ 800 cada, mas a redução no consumo de água já é nítida. Segundo ele, o gasto de R$ 12 a R$ 15 mil mensais passou a ser de R$ 7 a R$ 6,5 mil.

- Tinha morador que gastava 140, 120 metros cúbicos de água por mês. Só descobrimos quando implantamos o sistema. Além da economia, o novo modelo facilita para descobrirmos e sanarmos vazamentos.

De acordo com Moyses, a emissão dos boletos é feita por uma empresa terceirizada, que faz a medição individual no mesmo dia em que a Cedae marca o gasto total do condomínio. Segundo ele, a inadimplência diminuiu, mas não é possível cortar a água dos moradores que não pagam a conta, pois a medida ainda não foi aprovada em convenção.

Para Schneider, a Cedae não deverá fazer a cobrança individual. Segundo ele, o melhor modelo, utilizado nos EUA e na Europa, é mesmo o de empresas especializadas em submedição de água.
O projeto de lei foi uma iniciativa conjunta de várias comissões da Câmara de Vereadores do Rio: Justiça e Redação; Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público; Municipal de Defesa do Consumidor e de Abastecimento Indústria Comércio e Agricultura.

Fonte: O Globo (em 21/3/2011)

Esgoto a céu aberto: especialidade da Cedae

Coluna "Eu Repórter" do site do jornal O Globo mostra descaso da Cedae, que ignora vazamento de esgoto em ruas da Tijuca

Esgoto a céu aberto em ruas nobres da Tijuca

Há alguns anos, os moradores das ruas Antônio Basílio e Conde de Itaguaí, na Tijuca, reclamam de um vazamento de esgoto. O problema vem se agravando e cada vez mais prédios na Rua Antônio Basílio têm suas galerias inundadas. O problema já chegou na altura do número 533 e há dias que as galerias na garagem do 555 também enchem. Os moradores mais antigos dizem que a Cedae sabe do vazamento e da causa: os prédios da Rua Visconde de Itaguaí vêm crescendo e a tubulação não suporta mais o volume de esgoto despejado. Mas ninguém resolve.

Fonte: O Globo On-line (em 22/3/2011)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Alerj promete debater polêmica tarifa mínima da Cedae

Comissão de Obras Públicas pretende discutir cobrança de água

Completando as 36 Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi instalada nesta terça-feira (15/03) a Comissão de Obras Públicas, presidida pelo deputado Pedro Fernandes (PMDB). Em seu primeiro ato como presidente, o parlamentar disse que irá trazer à tona a discussão sobre a cobrança da tarifa mínima de água, estimada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) em 20 mil litros de água ao mês para os estabelecimentos comerciais. “Uma pequena mercearia que gasta 500 litros de água por mês não pode colocar em risco sua atividade por conta de algo que ela não usa. O que nós defendemos é que cada um pague aquilo que, de fato, consome”, explicou o deputado que, pela primeira vez, está à frente de uma comissão permanente. Ele pretende realizar uma audiência pública em abril, com a presença do presidente da Cedae, Wagner Victer, para debater o assunto. O deputado Nilton Salomão (PT) foi escolhido como vice-presidente da comissão. Também participaram da reunião os deputados Dionísio Lins (PP), Coronel Jairo (PSC) e Sabino (PSC), membros efetivos do colegiado. (texto de Paulo Baldi).

Fonte: site da Alerj (em 15/3/2011)